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O termo ambliopia é originário do grego (amblios = tolo e ops = visão) e significa literalmente ‘visão boba’. Trata-se da diminuição da acuidade visual, uni ou bilateral, num local que não se encontra lesão ocular ao exame oftalmológico. O problema é meramente funcional e pode ocorrer mesmo com uso de óculos, quando as estruturas oculares apresentam-se aparentemente normais (sem alteração orgânica). A ambliopia aparece em decorrência de obstáculos ao desenvolvimento da visão. O olho amblíope não apresenta um amadurecimento normal da visão e é popularmente conhecido como “olho preguiçoso”. A incidência de ambliopia em crianças em idade escolar é de aproximadamente 4% e, em geral, é prevenível ou tratável nos primeiros anos de vida. Causas Estrabismo, diferença de erro de refração entre os olhos (alta hipermetropia e astigmatismo), catarata congênita e qualquer outro fator que impeça a formação do foco da imagem na retina são as causa mais freqüentes de ambliopia. No entanto, o estrabismo ainda é responsável por grande parte dos casos de ambliopia. Já com estrabismos de pequeno ângulo bem como diferenças de grau podem passar desapercebidas aos pais e ao médico não especialista, a prevenção da ambliopia definitiva está no exame oftalmológico de todas as crianças antes dos dois anos de idade. O mecanismo da ambliopia consiste que c ada um dos dois olhos envia uma imagem para o cérebro, o qual precisa juntá-las formando uma só imagem. Quando os dois olhos enviam uma imagem igual para o mesmo objeto obtém-se facilmente a fusão das imagens. Porém, quando cada olho está fixando num ponto, o cérebro recebe duas imagens muito diferentes entre si e não consegue juntá-las. Como defesa, o olho elimina automaticamente a imagem que vem do olho desviado. A supressão do olho desviado faz com que não haja desenvolvimento visual e fica o olho mais fraco (amblíope ou olho preguiçoso). Tratamento O tratamento clássico e mais conhecido da ambliopia ainda é a oclusão do olho de melhor visão, sendo que as ambliopias não tratadas até os seis anos de idade são consideradas irreversíveis. O tempo para oclusão depende da intensidade e da idade do paciente. Na maior parte dos casos, a ambliopia deve ser detectada e tratada antes da idade escolar, quando a visão ainda está em pleno desenvolvimento, porém não é fácil de ser detectada, principalmente pela criança, que sempre enxergou dessa maneira e não percebe que só um olho é “bom”. Todas as crianças devem realizar exame oftalmológico por volta até os 4 anos de idade para diagnosticar diferenças de poder refracional entre os olhos. Se apresentarem estrabismo ou houver história de ambliopia na família, a criança deve realizar esse exame mais precocemente. No entanto, não adianta tratar apenas a causa da ambliopia. Deve-se também forçar o cérebro a usar o olho fraco para estimulá-lo. Isso só é possível ao ocluir o olho preferido na maior parte do dia, por semana ou até meses. Algumas vezes é necessário ocluir ambos os olhos alternadamente. Quanto ao sucesso no tratamento da ambliopia, isso varia conforme a gravidade do problema e da idade do paciente, tendo resultados insatisfatórios se for feito após a idade escolar. O tratamento pode durar até os 9 anos de idade. Após essa idade, a ambliopia tende a não voltar mais. Se o olho amblíope não for tratado, a dificuldade visual poderá ser irreversível.

O Astigmatismo ocorre quando a córnea apresenta uma maior curvatura em uma direção, o que distorce a visão para perto e à distância também. A córnea normalmente é redonda, enquanto no astigmata, pessoa que tem esse problema, é ovalada. Quando há irregularidade na curvatura da córnea ou do cristalino (lente interna do olho) pode gerar o astigmatismo. Sendo assim, os raios de luz não chegam ao mesmo ponto na retina. Alguns são direcionados em mais de um ponto na retina e outros à frente ou atrás dela. Em virtude da curvatura irregular, a imagem levada ao cérebro torna-se deformada, distorcida ou desfocada. Dependendo do grau e da atividade da visão, seja para perto ou longe, a imagem fica como se fosse borrada e algumas queixas são freqüentes, tais como dor de cabeça, sensação de ardor nas vistas e hiperemia conjuntival. A intensidade varia conforme a gravidade do problema e o esforço visual. Causas Nem todas as córneas possuem uma forma perfeita. Tal como ocorre com os demais erros de refração, o astigmatismo pode estar relacionado a uma herança genética, porém a causa dessa malformação ainda é desconhecida. Geralmente o astigmatismo aparece ao nascimento e sofre poucas alterações durante o desenvolvimento. Pode ainda surgir depois de um trauma ocular e comprometer a córnea após intervenção cirúrgica intra-ocular ou relacionado com outras doenças oculares, como ceratocone, por exemplo. Coçar os olhos pode favorecer o aumento do astigmatismo, que pode ser estar associado a miopia, hipermetropia e presbiopia (vista cansada), mas nem sempre afeta os dois olhos. Tratamento Para corrigir o astigmatismo é possível com o uso de óculos, lentes de contato ou cirurgia refrativa. As lentes de contato devem ser adaptadas para curvaturas específicas e com espessuras diferentes ao longo da superfície ocular para compensar a superfície irregular da córnea. Quanto maior o grau do astigmatismo, maior é a diferença de espessura da lente de contato.

Anisometropia é o termo empregado relacionado à condição em que o erro refrativo é diferente entre os olhos. As anisometropias são um dos campos mais controversos da prática refratométrica. Se houvesse, na definição, um valor limítrofe que identificasse os casos clinicamente significantes poderia dar uma precisão para esse problema ocular. Em crianças, quando não corrigida a tempo, a anisometropia pode inclusive levar à ambliopia no olho que tem um maior erro de refração. Em geral, as anisometropias não ocorrem isoladamente e as diferenças refrativas não são as únicas determinantes da tolerância ao problema. Diversos fatores como o tipo de anisometropia, idade do paciente, capacidade fusional, uso de óculos também são variáveis que devem ser estudadas junto do problema. Basicamente, as anisometropias são classificadas como miópicas quando os dois olhos são míopes e hipermetrópicas no caso de ambos os olhos serem hipermétropes. Dá-se o nome de antimetropia quando um olho é míope e o outro hipermétrope. Outra forma de classificação as divide em axiais e refrativas. Causas Os sintomas variam de acordo com o tipo de anisometropia. A criança com o problema normalmente não apresenta queixas, principalmente se um dos olhos tiver boa acuidade visual. Tais casos podem ser detectados somente através de triagem visual ou exame oftalmológico e não têm causas conhecidas. Caso ambos os olhos forem míopes, ocorre diminuição da acuidade visual. Se só um olho for míope e o outro normal, geralmente o paciente não percebe a baixa de visão pois o olho bom compensa, sendo detectada alteração somente no exame oftalmológico de rotina. Se os dois olhos forem hipermétropes ou só um e o outro normal, os sintomas são dor de cabeça, cansaço à leitura e embaçamento visual, devido à acomodação (aumento do poder óptico do olho para manter imagens claras a medida que o objeto fica mais próximo do olho) e ao esforço na tentativa do cérebro de fundir as duas imagens formadas na retina. Tratamento A prescrição óptica através de óculos ou lente de contato é a forma de tratamento mais apropriada para a correção das anisometropias. Assim, o objetivo é possibilitar a formação de imagens claras na retina de ambos os olhos. No entanto, vale salientar que ainda não existem regras rígidas para o tratamento oftalmológico das anisometropias. Cabe ao médico um exame minucioso e individualizado antes de se tomar uma decisão frente ao problema de cada paciente. O tema é bem antigo e atualmente tem adquirido repercussão com o advento das cirurgias refrativas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera deficiente visual a pessoa que é privada, em parte (segundo critérios pré-estabelecidos) ou totalmente da capacidade de ver. Baixa visão (ou visão subnormal) é o comprometimento do funcionamento visual em ambos os olhos, mesmo após correção de erros de refração comuns com uso de óculos, lentes de contato ou cirurgias oftalmológicas. Trata-se de uma definição técnica e quantitativa. Baixa visão é para quem tem uma acuidade visual menor que 0,3 (Snellen), até a percepção de luz ou, um campo visual menor que 10 graus do ponto de fixação. Os principais indícios relacionados à deficiência visual são: constante irritação ocular, excessiva aproximação junto ao rosto para ler ou escrever, dificuldade para leitura à distância, esforço visual, inclinação da cabeça para tentar enxergar melhor, dificuldade de enxergar pequenos obstáculos no chão, nistagmo (olho constantemente trêmulo), estrabismo ou dificuldade de enxergar em ambientes claros. Causas As Principais causas da deficiência visual são: perda da visão decorrente de ferimentos, traumatismos, perfurações e vazamentos nos olhos. Durante a gestação, doenças como rubéola, toxoplasmose e sífilis podem causar a deficiência na criança. Infecções em recém-nascidos também podem causar déficits visuais. Outras doenças que ocorrem, na maioria das vezes, em adultos, se não forem devidamente tratadas, podem gerar deficiência visual. Entre as principais estão: glaucoma , diabetes, toxoplasmose, descolamento de retina, catarata congênita, retinopatia da prematuridade, baixa oxigenação do cérebro (hipóxia) entre outras. Médicos especialistas em visão subnormal estimam que os casos de deficiência visual poderiam ser reduzidos em até 30%, caso sejam adotadas todas as medidas preventivas e eficientes nas áreas de educação e saúde. Tratamento A OMS preconiza avaliação funcional da visão por um profissional experiente da área de educação/reabilitação com o objetivo de observar se o indivíduo está utilizando sua visão com o objetivo de realizar um processo de estimulação visual Assim, o indivíduo pode ser potencialmente capaz de usar a visão para o planejamento e execução de tarefas. O trabalho educativo pode promover uma inserção social do indivíduo, seja no ambiente domiciliar ou profissional. No entanto, deve ter o devido acompanhamento de profissionais especializados em deficiência visual para adquirir melhor orientação espacial, saber se alimentar adequadamente, utilização de auxílios ópticos (como lupas especiais, bengalas etc.). Porém, para cada caso e problema existe uma abordagem específica.

A blefarite é uma inflamação comum e persistente das bordas das pálpebras. Apresenta irritação, prurido e, inclusive, olho vermelho. Na região palpebral aparecem granulações parecidas com “caspinhas”, que podem se estender até os cílios. Pessoas com pele oleosa, caspa e olhos secos têm maior tendência de ter blefarite, a qual pode se iniciar na infância e se prolongar por toda a vida como uma afecção crônica. Em alguns casos, a blefarite produz somente irritação e prurido leves, mas podem também provocar ardência e sensação de areia junto dos olhos. A blefarite pode ainda levar a complicações graves, como inflamação dos tecidos oculares e atingir a córnea. Causas A blefarite pode atingir as pálpebras inferiores e superiores e as causas são alérgicas ou infecciosas. Tratamento O tratamento adequado vai depende da causa da blefarite, a qual pode não ser curável, porém é possível controlá-la com algumas medidas indicadas por médicos. Podem ser recomendadas compressas mornas sobre as pálpebras com o objetivo de retirar as granulações características da blefarite e solubilizar secreções oleosas das glândulas sebáceas. Além de medidas de higienização, podem ser orientados usos de pomada com antibiótico, lágrimas artificiais, corticoesteróides oculares de olho seco ou medicamentos por via oral.

Catarata é a opacidade da lente natural do olho, tanto localizada como generalizada no cristalino. Geralmente atua de maneira progressiva. Inicia-se com diminuição da acuidade visual e o uso de recursos ópticos, seja óculos ou lentes de contato, não melhorado a visão de quem tem a doença. A catarata pode ser observada na pupila, que se torna esbranquiçada. Além de causar diminuição da visão, as pessoas podem observar imagens duplas, confusão para ver e distinguir cores, alteração freqüente do grau de óculos, muita dificuldade para a leitura e visão pior com luminosidade do sol. Pode ocorrer bilateralmente e ainda é a maior causa de cegueira no mundo, atingindo milhões de pessoas. A catarata pode ser congênita (mais rara) ou adquirida, que é a forma mais freqüente. Causas As cataratas adquiridas, em geral, ocorrem em pessoas acima dos 60 anos e também são conhecidas como cataratas senis. Traumas oculares, uso de corticoesteróides, inflamações intra-oculares, exposição excessiva à radiação ultravioleta e diversas doenças associadas, como o diabetes, por exemplo, são causas conhecidas. Dietas alimentares ainda são fonte de pesquisa. Tratamento O tratamento disponível e reconhecido cientificamente para a catarata é, sem dúvida, a intervenção cirúrgica para a remoção do cristalino opaco. Como o cristalino é uma lente natural muito rígida deve-se colocar uma outra lente no lugar para evitar que o paciente seja obrigado a utilizar óculos de alto grau. As técnicas conhecidas para a cirurgia de catarata são a facectomia extra-capsular ou a facoemulsificação. Para a cirurgia de catarata são realizados exames pré-operatórios, os quais vão determinar o grau da lente intra-ocular para implante bem como a melhor técnica a ser escolhida para essa cirurgia. Os resultados cirúrgicos geralmente são muito bem-sucedidos e no pós-operatório faz-se acompanhamento prolongado, uso de medicamentos específicos e de lentes refrativas.

A catarata congênita ocorre por alterações na formação do cristalino e é a principal causa de cegueira na infância Qualquer opacificação do cristalino presente no nascimento é uma catarata congênita. Dependendo do grau de opacificação, pode haver interferência na passagem de luz, por distorção ou redução na quantidade de raios luminosos que atingem a retina de bebês. Por ser uma causa comprovada de cegueira infantil e por requerer diagnóstico precoce e tratamento cirúrgico imediato, a catarata congênita depende de atenção especial de profissionais de saúde. O diagnóstico acurado e precoce é a chave para evitar complicações irreversíveis e deve ser importante a participação de pediatras, obstetras e de neonatologistas para a averiguação correta desse problema de saúde visual precoce. Causas Mundialmente, a catarata congênita tem uma incidência de 0,4% ou 1 caso para cada 250 neonatos. Sendo assim, chega-se à conclusão que a catarata congênita pode ser considerada a maior causa de cegueira na infância. As possíveis causas apontadas para a catarata anomalia de desenvolvimento, fator hereditário, embrionária infecciosa, parasitária, tóxica ou por irradiação. Entre as enfermidades estão a rubéola, toxoplasmose e sífilis materna. Em geral é bilateral e com localização e formas variáveis. Pode ainda ocorrer como doença isolada ou associada a outras malformações oculares e sistêmicas. A opacificação do cristalino pode variar, indo desde tênue até suficientemente densa para dar assemelhar com pupila branca. Tratamento O tratamento da catarata congênita deve ser o mais precoce possível e a abordagem depende da localização e intensidade da opacificação, grau de deficiência visual, alterações oftalmológicas relacionadas e idade da criança. O tratamento de cataratas parciais pode ser realizado com colírios midriáticos, oclusão e óculos especiais para melhorar a acuidade visual. A indicação depende comprometimento da acuidade visual e da avaliação das condições funcionais do olho. O diagnóstico da catarata congênita normalmente é difícil e pode passar despercebido, já que o exame biomicroscópico poucas vezes é realizado em bebês. O tratamento cirúrgico dos pacientes durante as primeiras semanas de vida responde por resultados bem-sucedido a curto e longo prazo e contribui para um baixo índice de complicações e melhor recuperação do paciente. A cirurgia de catarata congênita pode ser feita por meio das técnicas de facectomia extra-capsular, facoemulsificação ou lensectomia. Podem surgir complicações no pós-operatório como glaucoma, opacidades secundárias ao trauma cirúrgico que devem ser tratadas rapidamente.

Uma delimitação de deficientes visuais, cegos e portadores de visão subnormal, se dá por duas escalas oftalmológicas: acuidade visual, aquilo que se enxerga a determinada distância e campo visual, a amplitude da área alcançada pela visão. Em 1966 a Organização Mundial de Saúde (OMS) registrou 66 diferentes definições de cegueira, utilizadas para fins estatísticos em diversos países. Para sintetizar, um grupo de estudos sobre a Prevenção da Cegueira da OMS, em 1972, propôs normas para a definição de cegueira e para uniformizar as anotações dos valores de acuidade visual com finalidades estatísticas. No entanto, pode-se observar, de imediato, que a quantificação médica das variações na acuidade visual é um tanto vaga para o leigo, já que a limitação visual se apresenta de forma bem variada. Diferente do que podemos imaginar, o termo cegueira é relativo, pois reúne indivíduos com diversos graus de visão residual e abrange vários tipos de deficiência visual grave. Isso não significa, obrigatoriamente, total incapacidade para ver e sim prejuízo dessa aptidão a níveis incapacitantes para o exercício de tarefas do dia-a-dia. Considera-se portador de cegueira aquele cuja visão do melhor olho, após a melhor correção óptica ou cirúrgica, varia de zero a um décimo (escala optométrica de Snellen), ou quando tem o campo visual reduzido a um ângulo menor que 20 graus. Para entender-se melhor o que significa um décimo de acuidade visual, podemos esclarecer isso dizendo que o indivíduo portador dessa limitação enxerga apenas a uma distância de 20m. Existe a cegueira parcial (conhecida como legal, econômica ou profissional) e nessa categoria estão os indivíduos apenas capazes de contar dedos a pouca distância e os que só vêem vultos. Próximos da cegueira total estão os indivíduos que só têm percepção e projeção de luminosidade. No primeiro caso, há apenas a distinção entre claro e escuro e no segundo (projeção) o indivíduo é capaz de identificar a direção de onde vem a luz. A cegueira total (amaurose) pressupõe completa perda de visão. A visão é totalmente nula, ou seja, nem a percepção luminosa está presente e em oftalmologia isso significa visão zero. Uma pessoa é considerada cega se corresponde a um dos critérios técnicos a seguir: visão corrigida do melhor dos seus olhos é de 20/200 ou menos, isto é, se pode ver a 6m, o que uma pessoa de visão normal pode ver a 60 metros. Os indivíduos podem ter cegueira de nascença ou adquirida ao longo da vida. É freqüente imaginar que toda pessoa portadora de cegueira nasceu com tal problema visual, porém muitos são os casos de pessoas que adquiriram a cegueira. Eis aí uma diferença que se observa para habilidades dos portadores de cegueira. Causas Em geral, as causas mais freqüentes que levam à cegueira infantil são glaucoma congênito, a retinopatia da prematuridade, a rubéola, a catarata congênita, a toxoplasmose congênita, a hipovitaminose A, a oncocercose, o sarampo e o tracoma. A OMS recomenda tratamentos precoces de várias doenças oculares, as quais são preveníveis ou tratáveis com a devida intervenção oftalmológica. Em adultos especialmente são outros fatores que podem causar a cegueira, cada um deles, com suas implicações psicológicas e emocionais. Entre os mais freqüentes estão a catarata, diabetes, descolamento de retina, glaucoma, retinopatias e causas acidentais entre outras. Tratamento O portador de cegueira, que cresce naturalmente nessa condição, não costuma experimentar tanto sentimento de perda, mas encontra dificuldade natural para compreensão dos conceitos visuais, principalmente num mundo em que a visualização é um importante veículo de aquisição do conhecimento. Por outro lado, quem adquire a cegueira depois de já ter enxergado, provavelmente já contará com alguma compreensão das noções baseadas nesse mundo visual, porém terá de elaborar o sentimento de perda de tudo o que lhe proporcionava a visão. É, em geral, difícil enfrentar o processo de perda e adaptação à nova condição, o que redunda em outra relação com o sentido da visão assim como a percepção com o mundo. Dessa forma, cada indivíduo pode apresentar maior ou menor facilidade para lidar com as perdas em sua vida. Além disso, existem inúmeras nuances a serem observadas com relação à perda da visão, que influenciarão diretamente na absorção e na aceitação da nova condição. A fase em que ocorreu a perda, se na infância, na adolescência ou na fase adulta ou mesmo na terceira idade; a forma em que se operou tal mudança, se através de uma manifestação progressiva, se por um acometimento mais rápido, ou mesmo como resultado de um trauma ou acidente, é que desencadeará as diferentes reações. São recomendados trabalhos de educação especial para quem tem diferentes problemas com deficiência visual. Pedagogicamente, o cego é aquele que, mesmo possuindo visão subnormal, necessita de conhecimento da escrita Braille (sistema de escrita por pontos em relevo) e como portador de visão subnormal aquele que lê tipos impressos ampliados ou com o auxílio de potentes recursos ópticos. Além disso, vários outros recursos podem ser colocados em prática para a inserção ou reinserção de indivíduos com deficiência visual. São trabalhos que dependem de conhecimento específico e sobretudo de profissionais habilitados e especializados em cegueira. Outros recursos adicionais que podem auxiliar cegos são: Reglet – prancheta perfurada, na qual, se escreve em Braille, com o auxílio do punção, objeto usado para produzir o relevo no papel; bengala – bastão metálico ou de madeira, utilizado pela pessoa portadora de cegueira para sua locomoção, que através de um movimento de varredura, acusa obstáculos geralmente um ou dois passos a sua frente; sorobã – instrumento que possibilita a operação de cálculos matemáticos, desenvolvido a partir do ábaco e de origem oriental; livros gravados ou falados – recurso largamente difundido a partir da popularização dos gravadores portáteis, que viabiliza à pessoa portadora de cegueira o acesso ao conteúdo de livros impressos em tinta e gravados em fitas k7, por voluntários, chamados ledores entre outros.

Celulite orbitária é uma inflamação dos tecidos profundos da órbita e essa deve ser diferenciada de outras inflamações palpebrais. Apresenta-se com grande edema palpebral com restrição e dor à movimentação dos olhos, deslocamento anterior dos olhos (proptose) e febre. É aguda e pode levar à tromboflebite e morte. Causas A causa predisponente de celulite na região orbitária de crianças é a sinusite ou infecção do trato respiratório superior assim como oriundas de trauma. Os agentes causadores da celulite orbitária em crianças com menos de 9 anos de idade são bactérias aeróbias. Já em pacientes adultos, os agentes tendem a ser por infecções causadas por flora mista. Tratamento O tratamento consiste em antibiótico por via sistêmica e deve ser iniciado de imediato. Há risco da infecção se propagar para o cérebro através do sistema venoso. Em alguns casos é necessária a drenagem cirúrgica do abcesso

Trata-de de uma inflamação da córnea que pode ser desde um problema crônico e levar ao déficit visual e inclusive a perda da visão. Até hoje muitos casos de ceratites representam um desafio para oftalmologistas de todo o mundo, já que pode evoluir lentamente e ser rapidamente progressiva com perfuração da córnea. O transplante de córnea também é indicado com insucessos de tratamentos anteriores. São vários os tipos de ceratites, que podem estar relacionadas a higienização das lentes de contato, cirurgia ocular, manipulação de ferida operatória, uso de determinados medicamentos. Tipicamente há história de traumatismo e lesões oculares, doença corneana pré-existente, uso de lente de contato ou de corticosteróide tópico. Os sintomas incluem dor, lacrimejamento, fotofobia, diminuição de visão, secreção purulenta e hiperemia conjuntival, secreção de pálpebra. Causas Em geral, podem apresentar-se com sintomas que não permitem distinguir a fúngica, bacteriana e viral, sendo necessária a realização de exames laboratoriais para confirmar a presença do agente causador das ceratites. As ceratites são classificadas quanto à causa ou características próprias da infecção: infecciosa (provocada por agentes como bactérias, vírus e fungos), traumática (associada com doenças sistêmicas como a ceratite seca), alérgica (como a ceratite conjuntivite primaveril), neurológica (ceratite neurotrófica tóxica ou nutricional) ou desconhecida (ceratite de Thygeson) entre outras subclassificações. Tratamento O tratamento das ceratites depende do agente causador da infecção e pode requerer exames laboratoriais. Além disso, deve-se ter bastante critério para identificação do tipo de ceratite assim como do medicamento adequado para a devida orientação médica. Pode haver também necessidade de tratamento com antibiótico, caso a úlcera seja severa ou oclusão dos olhos por tempo indeterminado. A seleção do tratamento mais adequado deve estar relacionado ao tamanho, gravidade, tempo da ulceração e das tentativas efetivadas. Pode variar desde tratamentos clínicos não intervencionistas com lubrificação intensa, curativo oclusivo e lente de contato terapêutica a procedimentos cirúrgicos, obstrução de pontos lacrimais e recobrimento conjuntival.

Ceratocone é uma desordem ocular não inflamatória e auto-limitada caracterizada pelo afinamento progressivo da parte central da córnea. No ceratocone a córnea assume uma forma de cone, por isso o nome, o que acarreta na percepção de imagens distorcidas. O principal sintoma dessa doença é a diminuição da visão. É ainda muito mais freqüente em portadores de síndromes como a de Down, de Turner, de Ehlers-Danlos, de Marfan e pessoas alérgicas e portadoras de doenças como a osteogenesis imperfecta e com prolapso da válvula mitral. Muitos pacientes não percebem que têm o problema porque inicia-se com miopização e astigmatismo no olho. Isso pode evoluir rapidamente ou em outros casos levar anos para se desenvolver. Pode ainda afetar gravemente e limitar as pessoas diante de tarefas do dia-a-dia. O ceratocone inicia-se geralmente na adolescência, em média por volta dos 16 anos de idade, embora tenha sido relatado casos de início aos 6 anos de idade. Raramente o ceratocone desenvolve-se após os 30 anos de idade. Afeta homens e mulheres em igual proporção e na grande maioria dos casos afeta os dois olhos. Causas As causas para o ceratocone podem estar relacionadas a mudanças físicas, bioquímicas e moleculares no tecido corneano. Porém, nenhuma teoria deu conta de elucidar os achados clínicos e as associações oculares e não-oculares relacionadas ao ceratocone. É bem possível que o ceratocone seja o resultado final de diferentes condições clínicas. Já é conhecida a associação com doenças hereditárias, atópicas (alérgicas), sistêmicas e ainda pelo uso prolongado de lentes de contato. Mesmo sem ter uma causa conhecida, sabe-se que pode haver períodos de agravamento e de estabilização da doença. O diagnóstico definitivo do ceratocone é feito com base nas características clínicas e com exames objetivos como a topografia corneana (exame que mostra em imagem o formato preciso da córnea). A evolução do ceratocone é quase sempre progressiva com aumento do astigmatismo, mas pode estacionar em determinados casos. Tratamento O tratamento do ceratocone é feito no sentido de proporcionar ao paciente uma boa visão. Nos casos leves, o uso de óculos pode ser suficiente e nos moderados é indicado o uso de lentes de lentes de contato para corrigir o problema. Nos últimos anos, novos materiais já permitem a confecção de lentes de contato confortáveis com maior poder de correção do ceratocone. A indicação varia ainda de acordo com a severidade da doença. Na sua fase inicial o ceratocone apresenta-se como um astigmatismo irregular levando o paciente a trocar o grau de astigmatismo com muita freqüência. Apesar desses avanços alguns pacientes não evoluem bem ou não se adaptam às lentes de contato e requerem procedimentos cirúrgicos para deter o avanço do ceratocone. Em muitos casos realiza-se a ceratoplastia (modificação do formato da córnea) e em casos mais avançados são indicados inclusive o transplante de córnea.

A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) degenerativa é também conhecida como degeneração senil de mácula é caracterizada por significativas alterações em algumas regiões da mácula. Inicialmente pode não apresentar problemas quanto à função visual, mas a médio prazo a baixa acentuada da visão e até a perda da visão podem ocorrer. Em geral, acontece em pessoas acima dos 50 anos e basicamente se apresenta de duas formas: a DMRI atrófica (seca) – mais freqüente e a DMRI exsudativa (úmida). Causas Atualmente, ainda há necessidade de conhecimentos sobre as causas da DMRI assim como melhores comprovações científicas a respeito de agentes que determinam essa degeneração oftalmológica. Sabe-se que é responsável por perda visual grave e é a principal causa de cegueira sob o ponto de vista legal nos pacientes com mais de 50 anos de idade na maioria dos países desenvolvidos. Um dado relevante é que pessoas de pele e olhos claros são mais acometidas pela DMRI. A forma seca tem uma evolução lenta e pode se tornar agressiva se não for bem diagnosticada. Já a forma úmida depende de uma avaliação rigorosa e intervenções clínicas e cirúrgicas para minimizar as seqüelas oculares. Tratamento Várias modalidades de tratamento existem para a DMRI. Para a forma seca, o uso de doses diárias de substâncias antioxidantes, tais como betacaroteno, selênio, zinco, cobre e vitamina A e C auxiliam no tratamento e tem efeito protetor para evitar maiores danos futuros. No entanto, a DMRI úmida depende de exames bem detalhados para um diagnóstico adequado do problema. É muito importante observar os critérios de seleção para se tratar a DMRI e a indicação do procedimento mais indicado são relevantes para se obter resultados melhores. Tudo dependerá do tipo de dano e também da lesão. Pode-se, inclusive, se propor a combinação de tratamentos. São empregadas diferentes técnicas para a DMRI, como a termoterapia transpupilar, cirurgia submacular, translocação de mácula, transplante do epitélio pigmentado da retina e epitélio iriano autólogo na mácula, terapia fotodinâmica e ainda medicamentos específicos. No entanto, tudo vai depender da caracterização individual de cada paciente e muitas pesquisas ainda estão em andamento para o tratamento da DMRI úmida com o objetivo de tornar os resultados cada vez mais eficazes.

A endoftalmite constitui uma das sérias complicações entre as infecções oftalmológicas. É rara após procedimentos cirúrgicos eletivos e mais freqüente em situações pós-traumas devido às condições de assepsia, desorganização das estruturas oculares e maior presença de agentes que infectam os olhos. O diagnóstico é determinante para se fazer um tratamento precoce e apropriado para o problema, que em alguns casos pode levar, inclusive até a perda da visão. Pode aparecer de forma aguda ou crônica e a qualquer tempo. O termo endoftalmite é ainda empregado para designar processo infeccioso, que pode ser endoftalmite exógena – causada por microorganismo de ambiente externo e que adentram nos olhos após cirurgia ou trauma – endoftalmite endógena – quando a infecção ocorre por via sangüínea. Causas A principal causa de inflamação dos tecidos intra-oculares é a infecção por microorganismos, como bactérias e fungos, por exemplo. Raramente ocorre depois de trauma direto (químico ou físico), por alterações imunológicas ou neoplásicas. Quando se apresentam de forma não-infecciosa podem ter outras causas, mas as bactérias representam o grupo mais comum de agentes causadores de endoftalmite. Os fatores de risco das endoftalmites envolvem pacientes com diabetes mellitus, leucemia, Aids e infecções de vias aéreas superiores (especialmente crianças), dermatite atópica. Há relatos de fatores de risco em outras três etapas: pré-operatório, intra-operatório e pós-operatório, os quais incluem inadequada desinfecção das pálpebras, cílios e conjuntiva, cirurgia prolongadas, suturas frouxas e muito mais. Tratamento A conduta terapêutica para as endoftalmites tem sido relevante nos últimos anos devido às possíveis complicações graves de microcirurgias oculares. No entanto, qualquer causa de inflamação intra-ocular deve ser considerada no diagnóstico diferencial de infecção, difícil e que geralmente só se confirma com amostras de materiais específicos. Procedimentos como ceratectomia radial e cirurgia de estrabismo também podem ser complicados por endoftalmite. Em relação ao tipo de cirurgia e o microorganismo isolado em cultura, tem-se: endoftalmite bacteriana, endoftalmite fúngica, endoftalmite pós-facectomia, endoftalmite pós-cirurgia filtrante de glaucoma, endoftalmite pós-transplante de córnea, endoftalmite crônica, endoftalmite pós-trauma entre outras. Em cada caso há necessidade estudo e análise pormenorizada de cada paciente. Podem ser indicados usos de medicamentos específicos, como corticóides tópicos, e acompanhamento clínico rigoroso. Há ainda a viabilidade de se fazer teste de suscetibilidade a antibióticos ou testes de sensibilidade para um diagnóstico diferencial.

Estrabismo é um tipo de alteração ocular que desalinha os olhos para direções diferentes e representa a perda do paralelismo dos olhos. O desvio dos olhos pode ser constante e sempre notado, ou poderá ter períodos normais e períodos com olhos desviados. Um dos olhos poderá estar direcionado para frente, enquanto o outro desvia para dentro, para fora, para cima ou para baixo. Em outros casos, o olho desviado poderá estar olhando em frente, ocasionando o desvio do olho que não é desviado. No olho humano, existem seis pares de músculos extra-oculares, presos do lado de fora de cada globo ocular e que controlam os movimentos. Em cada olho, dois músculos movimentam os olhos para a direita e a esquerda. Os outros quatro músculos movimentam os olhos para cima e para baixo. Para termos os olhos alinhados e focalizados num ponto, todos os músculos oculares devem estar num equilíbrio perfeito de forças. Quando os músculos oculares não trabalham em conjunto ocorre um desvio ocular ou estrabismo. O estrabismo é mais freqüente entre as crianças, mas pode ocorrer também nos adultos. Atinge de maneira similar homens e mulheres e, em alguns casos, tem caráter familiar. O s tipos mais conhecidos de estrabismo são o esotrópico, que ocorre quando um ou ambos os olhos desviam para dentro, e o exotrópico, quando um ou ambos os olhos entortam para fora. Esse acontece mais quando o paciente olha para longe ou em situações de desatenção e cansaço. Nos adultos, o estrabismo pode ter alguns fatores envolvidos. Devem ser estudadas as causas, tais como doenças neurológicas, diabetes, doenças de tiróide, tumores cerebrais, acidentes entre outras podem estar relacionadas. Há ainda o pseudoestrabismo, que vem a ser uma condição em que fatores anatômicos ou funcionais podem simular um desvio nos olhos. Causas O estrabismo é causado pelo desalinhamento de músculos oculares. Entretanto, não se sabe a causa precisa desse desvio que leva ao estrabismo. Sabe-se que o estrabismo pode ser uma doença familiar. No entanto, em vários pacientes não existe uma história familiar positiva para estrabismo. O cérebro controla os músculos oculares. Isto explica porque crianças com paralisia cerebral, Síndrome de Down, hidrocefalia, tumores cerebrais podem desenvolver estrabismo. Quando a visão de um dos olhos embaçar devido à catarata ou a outra lesão, geralmente o olho se torna estrábico também. Com bastante freqüência, os pais têm a falsa impressão de que o problema da criança foi curado espontaneamente. Apesar de o cansaço ou doença poderem piorar o estrabismo, não há cura espontânea do estrabismo. Podem ser sinais da presença de estrabismo: visão dupla, embaralhamento visual, embaçamento aos esforços visuais, entortar a cabeça para ver, fechar um olho na claridade e piscar constantemente. Caso haja suspeita, são necessários exames oftalmológicos para determinar sua causa e iniciar o tratamento imediatamente. Tratamento O principal objetivo do tratamento é preservar a visão, colocar os olhos de forma paralela e recuperar a visão binocular. O tratamento do estrabismo vai depender muito de sua causa e pode ser clínico, óptico ou cirúrgico. Para qualquer tratamento do estrabismo, é recomendado que se inicie diante dos primeiros sinais. Quando criança, é importante que se comece o quanto antes apresentar episódios de desvios dos olhos. As etapas do tratamento podem consistir em colírios específicos, correção do erro refracional com a indicação de óculos, uso de oclusão de um olho para tratar a ambliopia ou cirurgias, que podem corrigi-lo. O médico oftalmologista especializado em estrabismo (estrabólogo) é o profissional capaz de tratar, diagnosticar e orientar devidamente para todos os casos de estrabismo. Pode ainda ser assessorado por ortoptista, que cuida de desvios, bem como nos exercícios ortópticos. Nem todo tratamento de estrabismo é cirúrgico. Se a cirurgia for indicada, quanto mais cedo for feita, melhor a chance de a criança desenvolver visão binocular normal. Quando se trata de correção estética na criança e adulto ou cirurgia funcional no adulto, o procedimento pode ser feito em qualquer idade. Hoje em dia, uma nova modalidade de tratamento está sendo usada em algumas formas especiais de estrabismo e num selecionado grupo de pacientes. Trata-se da aplicação intramuscular de toxina botulínica tipo A. Este tratamento provoca uma paralisia temporária do músculo e ajuda em alguns casos recomendados de estrabismo.

O aumento da pressão intra-ocular e danos ao nervo óptico caracterizam o glaucoma, que se inicia com um bloqueio ao fluido no interior do olho. O diagnóstico precoce pode preservar a visão do olho glaucomatoso e torna-se determinante um exame oftalmológico anual para todas as pessoas. Quando não há dor, o paciente com glaucoma muitas vezes nem percebe que está perdendo gradativamente e pode perder a visão nos estágios finais da doença. Com isso, a visão encontra-se prejudicada e o dano, em geral, torna-se irreversível. A pressão intra-ocular elevada pode destruir as células do nervo óptico e isso gera pontos cegos que se formam no campo visual. Esses pontos cegos podem ser periféricos, mas, em estágios mais tardios, atingem a visão central. Depois da perda visual, o problema torna-se irreversível, já que as células do nervo óptico estão mortas, e nada pode substituí-las até o momento. Existem situações que podem colocar determinadas pessoas em maior risco de desenvolver glaucoma, tais como: pessoas acima de 45 anos, histórico familiar de glaucoma, p essoas com pressão intra-ocular anormalmente elevada, descendentes de africanos ou asiáticos, diabéticos, míopes, uso prolongado de corticoesteróides e lesão ocular prévia. A coloração e aparência são importantes indícios quanto ao estágio do glaucoma e a devida extensão do problema. As principais formas são: glaucoma primário de ângulo aberto, glaucoma de pressão normal, glaucoma de ângulo fechado, glaucoma agudo, glaucoma pigmentar, síndrome de esfoliação e glaucoma pós-trauma. Causas O glaucoma é causado por diferentes doenças e, na maioria dos casos, propicia um aumento da pressão intra-ocular. Para entender melhor como o aumento da pressão afeta o olho é importante observar seu olho como um balão. Quando o ar é soprado em excesso para dentro de um balão, a pressão aumenta e atua sobre as partes mais frágeis do olho. A pressão intra-ocular medida numa população normal é de aproximadamente 14 a 16 milímetros de mercúrio (mmHg ). Pressões intra-oculares acima de 20mmHg podem ser consideradas dentro da normalidade. Porém, pressão intra-ocular acima de 22mmHg é considerada suspeita ou anormal. No entanto, nem todos os pacientes com pressão intra-ocular aumentada manifestam glaucoma. O motivo disso ainda é fonte de estudos em vários centros de pesquisa. Contudo, quando se eleva a pressão intra-ocular, as células nervosas tornam-se comprimidas e a danificação pode levar à morte dessas células, o que torna a perda visual permanente. Por isso o bom diagnóstico e o tratamento precoces do glaucoma podem prevenir que tudo isso ocorra. Um exame bem feito de fundo do olho possibilita que o oftalmologista visualize o glaucoma através da pupila assim como o nervo óptico. Tratamento O tratamento varia de acordo com a manifestação do glaucoma. Em geral, o tratamento inicial é clínico e o objetivo é promover a estabilização, retardar ou evitar o surgimento das alterações glaucomatosas por meio da redução da pressão intra-ocular. O conceito de individualização da pressão-alvo é bem difundido e também conhecido como “target pressure”. A determinação depende de uma análise clínica detalhada para promover o estadiamento do glaucoma, idade do paciente e outros fatores de risco. Um bom tratamento do glaucoma repercute inclusive no estilo de vida e se relaciona à atividade profissional de muitos pacientes glaucomatosos. O glaucoma pode ser tratado com colírios, medicamentos por via oral, cirurgia a laser, cirurgias tradicionais (trabeculectomia) convencionais e, uma combinação de alguns desses métodos. A meta é impedir a perda visual e manter a pressão intra-ocular em níveis satisfatórios e devidamente controlados. Qualquer medida deve ser prescrita e acompanhada por oftalmologistas e seguir rigorosamente as recomendações médicas. Já a cirurgia a laser tornou-se o método intermediário entre as drogas e a cirurgia tradicional.

A hipermetropia é um tipo de ametropia e tem origem no globo ocular. Trata-se de um erro de refração que faz com que os raios luminosos que vão em direção dos olhos se encontram num foco atrás da retina e não em cima como deveria ser para um olho normal. Dessa forma, a capacidade refratária é alterada em relação aos olhos com visão normal. Isso causa dificuldade para enxergar objetos próximos e principalmente para leitura de textos. É possível que o hipermétrope consiga ver de perto ou de longe (até 6m) e nos olhos de muitas crianças e jovens a hipermetropia pode ser compensada com maior facilidade, já que o cristalino em jovens é ainda flexível. Isso ocorre se ele forçar os olhos ao usar o poder de acomodação do cristalino, mudando o formato e aumentando a potência dessa lente intra-ocular em função das distâncias, levando os raios luminosos para o plano focal da retina. Porém, esse esforço resulta em sintomas comuns da hipermetropia, tais como: dor de cabeça, sensação de peso nos olhos, lacrimejamento, ardor e vermelhidão. Causas Em muitos casos, a hipermetropia tem origem uma malformação congênita do olho, ou seja, o diâmetro do globo ocular é curto. Pode ser também uma capacidade refratária reduzida da córnea e do cristalino (hiperopia), mas são casos mais raros. É possível que o hipermétrope consiga ver de perto ou de longe (até 6m). Isso ocorre se ele forçar os olhos ao usar o poder de acomodação do cristalino, mudando o formato e aumentando a potência dessa lente intra-ocular em função das distâncias, levando os raios luminosos para o plano focal da retina. Porém, esse esforço resulta em dor de cabeça, sensação de peso ao redor dos olhos, ardor vermelhidão conjuntival e lacrimejamento ocular, principalmente ao ler de perto, no fim da tarde e após o trabalho ou escola. Tratamento Em geral, a hipermetropia é corrigida com óculos de grau com lentes positivas ou lentes de contato que reposicionam a imagem sobre a retina. Cirurgia refrativa também pode ser realizada, pois o objetivo é mudar o formato da córnea, tornando-a mais esférica e redonda e deixando o olho normal. As técnicas mais indicadas para a correção desse erro refracional são: Lasik (Laser in Situ Keratomileusis) e PRK (Photoablative Keratektomy). Em ambas as cirurgias, a curvatura da córnea é alterada com laser.

A miopia é um dos mais freqüentes erros de refração que afeta a visão à distância. A miopia ocorre porque a imagem visual não é focada diretamente na retina, mas à frente da mesma. O problema pode ter origem porque o olho é grande ou o cristalino tem uma distância focal curta e quem tem torna-se depende de recursos ópticos para corrigir esse erro de refração. Para quem tem miopia, os objetos distantes ficam embaçados e difíceis de serem visualizados, conforme a intensidade do problema. A miopia pode ser estacionária ou progressiva e os sintomas mais evidentes são: dificuldade para identificar objetos afastados, assistir a filmes, dirigir automóveis e muito mais. A capacidade visual parece melhorar fechando um pouco os olhos, mas a miopia não corrigida devidamente pode provocar dores de cabeça, lacrimejamento ou tensão ocular. Os tipos de miopia descritos são: miopia congênita, miopia patológica, miopia de índice, miopia noturna e a falsa miopia e miopia instrumental. Causas Alguns estudos mostraram que a miopia pode ser causada devido a uma sobrecarga do olho em trabalhos realizados muito perto. A miopia aparece também antes dos 20 anos de idade, mas também pode ser herdada geneticamente. Por outro lado, existem pesquisadores que apontam a relação de vários fatores, incluindo os ambientais, como causa desse problema. Tratamento Geralmente, são receitados óculos de grau ou adaptadas lentes de contato para compensar o erro de refração. Nos últimos anos, a cirurgia refrativa para miopia tem sido bem-sucedida e comprovada, no entanto deve ser devidamente analisado cada caso antes de se fazer a intervenção. As principais técnicas são: Lasik, PRK, RK ou anéis intracorneais e todas visam alterar a curvatura da córnea, tornando-a mais esférica e, desta forma, corrigir a miopia.

A miopia é um dos mais freqüentes erros de refração que afeta a visão à distância. A miopia ocorre porque a imagem visual não é focada diretamente na retina, mas à frente da mesma. O problema pode ter origem porque o olho é grande ou o cristalino tem uma distância focal curta e quem tem torna-se depende de recursos ópticos para corrigir esse erro de refração. Para quem tem miopia, os objetos distantes ficam embaçados e difíceis de serem visualizados, conforme a intensidade do problema. A miopia pode ser estacionária ou progressiva e os sintomas mais evidentes são: dificuldade para identificar objetos afastados, assistir a filmes, dirigir automóveis e muito mais. A capacidade visual parece melhorar fechando um pouco os olhos, mas a miopia não corrigida devidamente pode provocar dores de cabeça, lacrimejamento ou tensão ocular. Os tipos de miopia descritos são: miopia congênita, miopia patológica, miopia de índice, miopia noturna e a falsa miopia e miopia instrumental. Causas Alguns estudos mostraram que a miopia pode ser causada devido a uma sobrecarga do olho em trabalhos realizados muito perto. A miopia aparece também antes dos 20 anos de idade, mas também pode ser herdada geneticamente. Por outro lado, existem pesquisadores que apontam a relação de vários fatores, incluindo os ambientais, como causa desse problema. Tratamento Geralmente, são receitados óculos de grau ou adaptadas lentes de contato para compensar o erro de refração. Nos últimos anos, a cirurgia refrativa para miopia tem sido bem-sucedida e comprovada, no entanto deve ser devidamente analisado cada caso antes de se fazer a intervenção. As principais técnicas são: Lasik, PRK, RK ou anéis intracorneais e todas visam alterar a curvatura da córnea, tornando-a mais esférica e, desta forma, corrigir a miopia.

São pequenas opacificações (flutuações) que se formam no vítreo (substância gelatinosa transparente que preenche o globo ocular) e percebidas como sendo manchas, nuvens, pontos ou teias de aranha. Na maioria das vezes as flutuações são células que se agrupam e de pouca importância. Podem aparecer e desaparecer e, em geral, o paciente aprende a conviver e tolerar as mesmas e quando necessário faz movimentos com os olhos e para os lados, para cima e para baixo, fazendo com que as flutuações saiam do seu campo visual. Causas As flutuações podem ter diferentes graus conforme sua importância e causa. A flutuação pode ser um pequeno grupo de células, parte do vítreo descolada, células de sangue flutuando no vítreo ou inflamação intra-ocular. Tratamento Não são indicados quaisquer tratamento para moscas volantes

O termo nistagmo é usado para descrever os movimentos oculares oscilatórios, rítmicos e repetitivos dos olhos. É um tipo de movimento involuntário dos globos oculares, geralmente de um lado para o outro e que dificulta muito o processo de focagem de imagens. Os movimentos podem ocorrer de cima para baixo ou até mesmo em movimentos circulares e podem surgir isolados ou associados a outras doenças. Os nistagmos variam de caso a caso e podem ser classificados de acordo com a manifestação clínica. Os principais tipos são: fisiológico, congênito, spasmus nutans, nistagmo do olhar, nistagmo vestibular, nistagmo por distúrbio neurológico, nistagmo voluntário e nistagmo histérico. Em geral, provocam incapacidade de manter fixação estável e significativa ineficiência visual, especialmente para visão à distância. Estima-se que os nistagmos afetam 1 a cada 1000 nascidos vivos . As oscilações do nistagmo um ou ambos os olhos, em uma ou todas as posições . O nistagmo congênito raramente surge logo ao nascimento e é mais freqüente entre 8 e 12 semanas de vida. Se não for detectado nos primeiros meses de vida, deve ser um nistagmo adquirido. Causas O nistagmo pediátrico difere muito do nistagmo iniciado na fase adulta. Na infância, o nistagmo pode ter causas relacionadas a um defeito do olho ou na relação de comunicação entre o olho e o cérebro. É ainda associado a catarata, glaucoma, desordens de retina, albinismo e em pacientes com síndrome de Down. Alguns tipos de nistagmo podem ser hereditários; outros de causa desconhecida. O nistagmo adquirido, que se desenvolve ao longo da vida, pode ser o sintoma de esclerose múltipla ou associado à lesão neurológica aguda nas vias motoras oculares localizadas no tronco cerebral ou cerebelo, labirintites, maculopatias entre outras doenças. Tratamentos Em crianças, é importante um apoio educacional adequado com o objetivo de melhor o processo de focalização de imagens e se fazer um bom condicionamento visual. Indica-se boa ergonomia de ambientes de casa, aumento de letras em computadores e ainda um trabalho específico voltado para esse problema. A terapêutica para o nistagmo ainda é limitada atualmente, mas muito pode ser feito para melhor a visão de quem tem esse problema. Pode-se recorrer à ortóptica (oclusão alternada), tratamento óptico (com uso de prismas) para corrigir o mau posicionamento da cabeça, mudança dos óculos por lentes de contato (para prevenir outros problemas oftalmológicos). Há ainda o tratamento medicamentoso, que tem substâncias estimuladoras do sistema neurotransmissor inibitório ou depressoras do sistema neurotransmissor excitatório. Novos estudos existem com aplicação da toxina botulínica, mas sem resultados comprovados até o momento. Já o tratamento cirúrgico do nistagmo objetiva a melhoria da acuidade visual através de procedimentos específicos nos músculos dos olhos.

Em síntese, é uma condição anormal da superfície do olho que se manifesta quando as pessoas produzem lágrimas insuficientes ou a mesma é deficiente em algum de seus componentes e provoca desconforto ocular. Olho seco significa que o olho não é devidamente umedecido ou é produzido pouco fluido lacrimal ou a composição da película lagrima não é lubrificada de maneira ideal. Além dessas, existem outras possibilidades que se relacionam a esse problema oftalmológico. O olho seco é, sem dúvida, uma das queixas mais comuns relatadas aos oftalmologistas e é facilmente confundido com outras condições, tais como infecções ou alergias oculares. O aparecimento do olho seco pode ainda estar associado ao envelhecimento, pois em idades mais avançadas há diminuição da produção de lágrimas, carência de gordura no corpo ou a fatores que formam zonas secas na conjuntiva e na córnea, o que provoca sérios incômodos a muitas pessoas. De maneira geral, as mulheres sofrem mais de olho seco do que os homens, provavelmente por questões hormonais. São esses os sintomas freqüentes do olho seco: ardor, comichão, irritações, fotofobia, vermelhidão, visão turva, lacrimejamento, sensação de corpo estranho e incômodos para leitura, assistir televisão e muito mais. Causas Existem diversos fatores que podem provocar o olho seco: lentes de contato, ar condicionado, vento em excesso, permanência em altitudes elevadas, ambientes com sistema de climatização, uso de cosméticos, fumaça de cigarro, poluição do ar, calefação, excesso de tempo em frente de monitores de computadores, clima seco etc. Determinados medicamentos podem provocar a redução de lubrificação nos olhos, como certos descongestionantes, anti-histamínicos, antidepressivos, diuréticos, anticongestivos, anestésicos, anticolinérgicos e betabloqueadores. Falta de vitamina A e várias doenças sistêmicas são freqüentemente associadas ao olho seco. Entre essas a artrite, lúpus, sarcoidiose e principalmente a síndrome de Sjögren, conhecida como síndrome do olho seco, doenças da tiróide, de pele e doença de Parkinson entre outras. Tratamento O tratamento do olho seco deve ser feito não apenas para o próprio bem-estar do paciente, mas para não colocar em risco as córneas. O tratamento adotado do olho seco varia conforme a sensibilidade de cada paciente e deve ser baseado no diagnóstico individualizado feito por médicos. São várias as formas de tratar o olho seco: colírios específicos, conhecido como lágrimas artificiais e lágrimas em forma de gel são indicados para casos mais simples. Em casos graves, é possível recorrer à oclusão da drenagem de lágrimas, permitindo que elas fiquem em contato com o olho por mais tempo. Outras formas de tratar são através de antiinflamatórios, antibióticos, medicamentos sistêmicos, corticóides tópicos, suplementação alimentar com ômega-3, uso de lentes protetoras, soro autólogo entre outros procedimentos. Há possibilidade de combinação de drogas e tudo dependerá de um bom diagnóstico dos fatores que desencadeiam o olho seco.

Presbiopia é também conhecida como vista cansada. Trata-se do enfraquecimento do poder de acomodação para a visão de perto devido à perda da elasticidade do cristalino. O problema é evidente, em geral, a partir dos 40 anos, reduz gradualmente a visão para perto e também está relacionado com as necessidades de esforços visuais de cada indivíduo. Os principais sinais da presbiopia são: dificuldade para leitura com maior nitidez e conforto, aproximação de luz para enxergar melhor e necessidade de afastar objetos para poder objetivar uma visão adequada. A presbiopia aumenta progressivamente até atingir um ponto de falência da visão, a qual obriga o leitor a ir afastando o seu objeto até que fica inviável a visualização. Causas Existem várias hipóteses acerca das causas da presbiopia, mas o que explica melhor ainda é o processo natural relacionado à idade. Esse distúrbio ocular decorre com a perda da capacidade de contração do músculo ciliar associada ao enrijecimento do cristalino. Dessa forma, há redução na capacidade de focar as imagens de perto, como leituras de bulas de remédio, por exemplo. Tratamento Ainda não se conhece um tratamento definitivo para a presbiopia, mas pode ser bem corrigida com óculos ou lentes de contato com graduação específica para perto. Atualmente, existem vários tipos de lentes corretivas, as quais podem ser escolhidas de acordo com as expectativas e necessidades dos usuários, seja para uso profissional ou para lazer, por exemplo. Com óculos, é necessária a confecção de lentes positivas, multifocais ou progressivas, com a finalidade de convergir as imagens até a retina. Embora todas as lentes para presbiopia devam objetivar a recuperação visual para perto, nem todas possuem as mesmas características. Para pessoas que já possuem problemas oftalmológicos e usam óculos, o aparecimento da presbiopia pode ser notado como um fenômeno repentino e nesses casos as lentes multifocais podem ser indicadas, pois permitem uma boa visualização à distância. Alguns centros de pesquisa já estudam a possibilidade de cirurgias corretivas de presbiopia, mas ainda estão em desenvolvimento.

É uma pequena membrana avermelhada na superfície do olho que se prolifera em direção à córnea. É popularmente chamado de “carne crescida” ou equivocadamente de “catarata”. O pterígio, em geral, parte da parte branca do olho (esclera) e pode chegar até a córnea. Com bastante freqüência provoca irritação, vermelhidão, ardor, coceira e sensação de cisco no olho, além de muita sensibilidade à luminosidade. Causas A causa exata não se conhece bem até hoje. Pode ser provocado por fatores hereditários ou ambientais e tem maior incidência em regiões tropicais, onde o clima é mais seco e quente. O pterígio ocorre em pessoas que passam bastante tempo diante do ar livre, com vento, principalmente durante o verão e com exposição prolongada ao sol, sobretudo aos raios ultravioletas (UVA e UVB). Ambientes com poeira e o ressecamento dos olhos também favorecem o surgimento do pterígio. Tratamento No início, o tratamento pode ser clínico. É importante um acompanhamento oftalmológico para se fazer a proteção adequada dos olhos, como uso de óculos escuros e/ou lágrimas artificiais para evitar o ressecamento. Quando o pterígio apresenta aspecto avermelhado e irritado, é possível que se aplique gotas e pomadas oftálmicas específicas para reduzir a inflamação. Existem casos em que a cirurgia é indicada com o objetivo de que o pterígio não alcance a pupila ou deixe manchas de difícil remoção na córnea, além de poder diminuir a visão ou se tornar antiestético. No entanto, mesmo com uma cirurgia bem executada, o pterígio pode ocorrer novamente. Pode-se ainda fazer a radiação da superfície com b-terapia ou uso de medicações de caráter preventivo, mas a proteção dos olhos contra a radiação ultravioleta excessiva, evitar condições ambientais secas e empoeiradas são importantes recomendações.

Retinoblastoma é o nome de um câncer ocular originário das células da retina e pose uni ou bilateral. Trata-se de um tumor ocular infantil que pode levar a óbito, se não for devidamente tratado a tempo por especialistas. Geralmente o retinoblastoma se manifesta com baixa visão, estrabismo, irritação e compressão pelo crescimento tumoral. Outros sintomas são: olhos vermelhos, processo inflamatório, protrusão de globo ocular, dor intensa e inclusive cegueira. Esse tumor intra-ocular pode crescer preenchendo o globo ocular e se infiltrar através do nervo óptico. Pode ainda se estender ao líquor e invadir o sistema nervoso central. Além disso, pode ainda disseminar-se à distância para gânglios linfáticos, ossos, fígado e medula óssea. O retinoblastoma é um tumor de cor branca e apresenta como principal sinal a “pupila branca”, que provoca um brilho diferente no olhar da criança quando exposta à luz, principalmente ao flash da máquina fotográfica. Isso também é conhecido como “doença do brilho do olho do gato”. Causas O retinoblastoma é o tumor maligno intra-ocular mais freqüente na infância e estima-se que seja responsável por uma incidência de aproximadamente um caso a cada vinte mil nascidos vivos. Tem causas genéticas, podendo ser hereditária ou esporádica, essa decorrente de mutações em células da retina. Pode ainda ser congênito ou aparecer durante os primeiros anos de vida de crianças. Na maioria das vezes acomete crianças na fase pré-verbal, por isso qualquer suspeita de caso de retinoblastoma deve ser encaminhado para consulta médica imediatamente. Tratamento Nos últimos anos, os tratamentos para o retinoblastoma evoluíram muito, porém isso tudo depende do estágio de evolução da doença. Tumores pequenos, em geral, são tratados com laser; os médios são tratados por quimioterapia, braquiterapia, fotocoagulação e laser. Já os tumores grandes, na maioria dos casos, só podem ser tratados com a remoção do globo ocular. Quando há invasão do sistema nervoso central ou metástases à distância usa-se a combinação de quimioterapia e radioterapia com placas para se obter melhores resultados. No entanto, todos os tratamentos são mais bem-sucedidos quando menos avançado é o estádio da doença.

Trata-se de uma decorrência do diabetes que, quando há um nível elevado de glicose no sangue durante um bom tempo provoca alterações nos vasos sangüíneos de todo o corpo e, inclusive, nos pequenos vasos sangüíneos da retina. Os vasos podem ser lesados, afetar ambos os olhos e acarretar em graves distúrbios visuais. A retinopatia diabética tem curso insidioso, não provoca sintomas e muitas vezes é detectada tardiamente e é uma das principais doenças oculares relacionadas à perda súbita irreversível da visão. Basicamente são dois os tipos de retinopatia diabética: um não-prolífero e outro avançado ou prolífero. No caso da retinopatia diabética não-prolífera, a degenerescência dos vasos sangüíneos está limitada à retina. O avanço da doença tem por conseqüência a formação de novos vasos sangüíneos anormais. A grande maioria das condições de retinopatia são progressivas, porém a velocidade de deterioração varia de caso a caso. Em muitos pacientes, o brilho de luz é um problema com tendência a aumentar. Vale lembrar que nem todos os diabéticos desenvolvem esse problema, mas devem consultar regularmente um oftalmologista. Causas A degenerescência dos vasos da retina devido ao diabetes causa oclusões dos vasos e, com estas, uma nutrição deficiente das células oculares. Também pode ser causada uma degenerescência das paredes dos vasos sangüíneos, a qual faz com que líquido derrame para os tecidos vizinhos. Acredita-se também que as retinopatias diabéticas sejam relacionadas a causas genéticas. Tratamento Quanto mais precoce forem detectas as alterações na retina, melhor e menos invasivo será o tratamento, mas ainda não há uma cura definitiva para a doença. Caso a retinopatia diabética esteja num estágio muito avançado, é possível evitar a formação de novos vasos sangüíneos na retina através de laser. Quando indicado o tratamento, é em geral feito com uma angiografia com fluoresceína para mostrar os detalhes da circulação sangüínea na região posterior do olho. Se estiver bem avançada, com hemorragias do corpo vítreo e deslocamentos da retina, é imprescindível recorrer a uma cirurgia precisa e mais extensa para prevenir uma perda total da visão. Um tratamento precoce consegue retardar o progresso da retinopatia diabética e reduzir o risco de cegueira, no entanto não o exclui completamente.

A retinose pigmentar constitui um grupo de doenças da retina com caráter de degeneração gradativa das células da retina sensíveis à luz. Pessoas afetadas podem ter dificuldade de enxergar em locais com pouca luminosidade ou claridade excessiva, perdem progressivamente a visão periférica ou a visão noturna. Portadores da doença esbarraram facilmente em pessoas e objetos fora de seu campo visual. Os traços que levam os oftalmologistas a diagnosticarem a retinose pigmentar são pigmentos escuros na retina e os sinais de atrofia do tecido retiniano e dos vasos sangüíneos. Já o ritmo em que se dá a perda do campo visual varia de caso a caso e pode se manifestar em várias fases da vida. As principais classificações são: retinose pigmentar congênita (denominada Amaurosis Congênita de Leber), retinose pigmentar juvenil e a retinose pigmentar adulta. Pode ainda ser associada a algumas síndromes, como a Síndrome de Usher e a Síndrome de Laurence-Moon Bardet-Biedl. Causas A retinose pigmentar é causada por inúmeras mutações genéticas, hereditárias e ainda relacionada a fatores ambientais (estresse, tabagismo, medicamentos etc.). Geralmente a retinose pigmentar de tipo dominante tende a se manifestar de forma mais branda do que alguns tipos de retinose pigmentar de caráter recessivo. Tratamento Até o momento não existe tratamento clínico ou cirúrgico que possa deter a degeneração provocada pela retinose pigmentar.

É a infecção de uma pequena glândula da pálpebra, podendo ser interno ou externo conforme a glândula atingida. Atinge a parte do olho que se conecta com os cílios ou a borda da pálpebra. Inicia-se como um pequeno carocinho, o qual apresenta vermelhidão na pálpebra e pode ficar um pouco dolorido. Geralmente o terçol forma um pequeno nódulo, incha com um ponto purulento e por o terçol mesmo vaza. O ponto, quando interno só é visto se virarmos a pálpebra. Normalmente é de resolução espontânea, supurando em poucos dias e tem evolução benigna. No caso de se tornar crônico evolui, sem sinais de inflamação pode deixar um nódulo indolor na pálpebra chamado calázio. Causas O terçol é causada por micróbios e na grande maioria das vezes, por bactérias. Tratamento Na maioria dos casos, o terçol seca sozinho entre três e cinco dias, mas em casos graves ou recorrentes é preciso acompanhamento de oftalmologista . O tratamento pode incluir calor local com compressas, pomadas à base de antibiótico e corticoesteróide e tudo deve ser ter a devida orientação médica.

É uma inflamação intra-ocular que compromete total ou parcialmente a íris, o corpo ciliar e a coróide (o conjunto dos três formas de úvea), com envolvimento freqüente do vítreo, retina e vasos sangüíneos. O trato uveal é a camada vascular média do olho, podendo ser dividida em três partes: íris – formada pela porção anterior, corpo ciliar – porção intermediária e a coróide – porção posterior. As uveítes podem ser classificadas como crônicas ou agudas, dependendo do tempo de duração. A aguda tem um início rápido, em poucos dias, e duração entre dois e seis semanas. A forma crônica tem início mais lento, durando acima de seis semanas e pode evoluir por muitos meses. Existem casos em que a uveíte leva a uma cegueira irreversível. Os sintomas mais comuns de uveíte são a dor ocular e peri-ocular (ao redor dos olhos), fotofobia, edema palpebral e vermelhidão próxima da córnea. A doença não apresenta secreção, mas a pupila fica contraída (miose), respondendo pouco ao estímulo da luz de uma lanterna, e a visão pode estar um pouco borrada. Causas As uveítes podem ter diferentes causas e podem ser relacionadas a diversas outras doenças tais como: artrite reumatóide juvenil, toxoplasmose, herpes, citomegalovírus, bactérias etc. Há ainda uveítes de causa não totalmente esclarecida e associada com a doença de Behçet e a síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada. Nessas, como em muitas outras, há participação de mecanismos imunológicos complexos que podem agravar o problema. Porém, b oa parte das uveítes ainda tem suas causas desconhecidas . Tratamento Se não for tratada a tempo, a uveíte pode causar danos irreversíveis ao globo ocular e provocar glaucoma, descolamento de retina e deixar cicatrizes na retina que reduzem a visão. O paciente com uveíte deve ter uma atenção especial, pois deve ser tratado como portador de uma doença complexa, a qual requer do oftalmologista um conhecimento profundo não só oftalmológico, mas também relacionado diretamente com outras especialidades médicas. Quando não se sabe a causa, adota-se um tratamento comprovado e denominado não-específico, que inclui corticoesteróides e antiinflamatórios não-hormonais, midriáticos e drogas imunodepressoras.


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